BAIRRO AMÉRICA - HISTÓRIA



A ORIGEM DO NOME O bairro passou a ser conhecido por sua atual denominação há pouco mais de 10 anos, em função do América Futebol Clube, fundado em 14.07.1914, com o nome do Foot Ball Club Teutonia, sendo sua sede, nesta época, localizada na Avenida Coronel Procópio Comes. A região que compreende o Bairro América era denominada Centro, e mudou somente quando as novas instalações do clube foram concluídas.

VIZINHO DO CENTRO O Bairro América é facilmente confundido com o próprio centro da cidade. Isto torna se compreensível ao observarmos o grande número de estabelecimentos comerciais e industriais que, além de prósperos e dinâmicos, contêm uma história rica e obrigatória para qualquer análise sobre o processo de urbanização da cidade de Joinville. As duas principais vias de acesso as quais recorriam viajantes, comerciantes e aventureiros e que, sem dúvida, desempenharam papel importantíssimo no crescimento do município são as atuais ruas Dr. João Colin e Blumenau. A atual Rua Blumenau recebeu inicialmente a denominação de Logenstrasse (Rua da Loja), pois neste local foi instalada a primeira Loja Maçônica em Joinville, sob o nome de Loja da Amizade sob o Cruzeiro do Sul, que em 29 de dezembro de 1864 foi transferida para um prédio na atual Rua do Príncipe, demolido em 1949. (História de Joinville, p. 168, Carlos Ficker). É quase inacreditável que, há 40 ou 50 anos, neste local, os moradores plantavam verduras, aipim, cará, taiá, japão, batata doce e cana de açúcar. Criavam também cavalos, galinhas, porcos e vacas. A maioria desempenhava estas atividades para sua subsistência, porém alguns moradores, como o Sr. Ernesto Brach e a Sra. Irma Hardt, vendiam leite e derivados para os moradores da própria comunidade ou no centro da cidade. Dolores e Ronaldo Daberkow relatam que as plantações eram feitas desde as laterais da atual Rua Dr. João Colin até às margens do Rio Cachoeira. A região, logo no início de seu povoamento, era um brejo e muitos moradores faziam o uso da carroça, conforme declara o Sr. Raul Augusto Schramm. A Rua Max Colin (antiga Rua Camboriú) era estreita, de barro e quando chovia ficava com muita lama e, como ocorria com as demais ruas da cidade, era ladeada por enormes valetas segundo informa o Sr. Heinz Goecks.

ENERGIA ELÉTRICA CHEGOU EM 1918 Os moradores deste bairro foram os primeiros beneficiados com a instalação da energia elétrica. A Sra. Irma Hardt: informa que quando seus pais vieram residir no bairro, em 1918, já utilizavam energia elétrica. 0 Sr. Ronaldo C. Daberkow, nascido em 1929, nos declara que desde a sua infância era comum a utilização da energia elétrica entre a vizinhança. A água encanada só foi instalada mais tarde, há mais ou menos 45 anos. Porém a água faltava com freqüência, trazendo aos moradores vários transtornos. Para resolver o problema, construíram um reservatório, que duas vezes por semana era abastecido. Este reservatório estava localizado na esquina da Rua Tubarão com a Rua Dr. João Colin. Mesmo depois da instalação da água encanada muitos moradores continuaram utilizando água de poço devido a este problema. Antes disso, porém, a Prefeitura Municipal encarregava se do abastecimento com um carro pipa que passava uma vez por semana. Cada morador possuía uma caixa dágua e pagava por metro cúbico de água. A Rua Dr. João Colin foi calçada em 1952, quando ainda era denominada Duque de Caxias. A Rua Benjamin Constant (antiga Rua Guilherme ou Wilhelmstrasse) e a Rua Visconde de Mauá só foram pavimentadas em 1980. A Rua Lages foi calçada aproximadamente em 1950. 0 Sr. Augusto Erzinger ia até a cidade fazer entrega de mercadorias de bicicleta e nos conta que quando vinham pessoas de outras cidades, ficavam espantadas com a quantidade de bicicletas que circulava pela cidade.

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